domingo, 26 de setembro de 2010

Leia e não fique preocupado e desconfiado se for capaz.

Leia e não fique preocupado e desconfiado se for capaz.

Em setembro de 2009, o Paulo Henrique Amorim publicou uma matéria indagando: "Por que Jobim não quer conferir o resultado da eleição? É para fraudar? É para ajudar o Serra?”.

No texto PHA lembra que é do Nelson Jobim a “invenção da babá eletrônica que provaria o grampo sem áudio e ajudou o Supremo Presidente do Supremo a defenestrar o ínclito delegado Paulo Lacerda para Lisboa”; que o “Nelson Jobim é tucano e dividiu o apartamento em Brasília com o José Serra, quando eram deputados”; que o “Nelson Jobim confessou que fraudou a Constituição de 88, ao incluir artigos que o Congresso Constituinte não votou”; que o “Nelson Jobim, na companhia de Eduardo Azeredo, defende a idéia urna eletrônica sem impressão de comprovante”.

http://planalto.blog.br/clone/a-semana-298-a-49/

http://www.paulohenriqueamorim.com.br/?p=17670

Confesso que também fiquei curioso depois que li matérias onde, além do Nelson Jobim, o Gilmar Mendes e Marco Aurélio Mello também diziam ser contra o voto impresso:

http://oglobo.globo.com/pais/mat/2009/09/17/jobim-diz-que-vai-sugerir-lula-veto-no-item-sobre-impressao-de-voto-no-projeto-de-reforma-eleitoral-767654500.asp

http://oglobo.globo.com/pais/mat/2009/09/18/gilmar-mendes-critica-regra-do-voto-impresso-aprovada-na-reforma-eleitoral-na-camara-767670796.asp

http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,voto-impresso-e-retrocesso-diz-presidente-do-tse,88039,0.htm

Resolvi procurar mais informações sobre o assunto. Fiquei muito preocupado e desconfiado. Fui saber como as urnas eletrônicas da Diebold, que fornece o equipamento para o TSE, são vistas no resto do mundo e o que encontrei não é nada bom.

No Exterior:

Encontrei o seguinte texto no Wikipédia (o texto original está em inglês):

“Fraude nas urnas Diebold:

Em agosto de 2003, Walden O´Dell, então executivo-chefe da Daibold, anunciou que ele foi um dos principais levantadores de fundos para a campanha do presidente George W. Bush quando pediu para 100 amigos ricos e simpáticos ao partido do Bush que fizessem doações em uma reunião na sua própria casa no subúrbio de Columbus, Ohio.

Em dezembro de 2005, O'Dell renunciou após relatos de que a empresa estava enfrentando processos de fraude em torno de acusações de abusos de informações internas.

Em março de 2007, a Associated Press anunciou que a Diebold estava considerando em se desfazer da sua subsidiária de máquinas de votação porque o negócio estava manchando a reputação da empresa.

Em agosto de 2007, o Wikipedia Scanner (rastreador de IPs do Wikipédia), notou que edições, utilizando o endereço IP da Diebold, foram feitas nos artigos da Wikipedia, removendo as críticas aos produtos da Diebold, referências ao O´Dell como levantador de fundos para a campanha do Bush e outras críticas negativas à empresa em novembro de 2005.”

http://en.wikipedia.org/wiki/Diebold

Em 2009, o jornal New York Times (texto original em inglês) publicou um editorial dizendo que o voto eletrônico não merece confiança e que as máquinas de voto eletrônicas que não oferecem um recibo em papel do que foi computado não merecem confiança. Em 2008, mais de um terço dos Estados, inclusive Nova Jersey e Texas, ainda não exigiam que todos os votos fossem registrados em papel.

E diz que um republicano, Rush Holt, apresentou um projeto de lei que proíbe o voto eletrônico sem extrato em papel em todas as eleições federais e que o Congresso deve aprová-lo enquanto ainda há tempo para preparar o pleito de 2010.

http://www.nytimes.com/2009/06/22/opinion/22mon2.html?_r=1

A urnas eletrônicas brasileiras foram rejeitadas pelo Paraguai:
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL418621-5602,00-ELEICOES+NO+PARAGUAI+NAO+TERAO+URNAS+ELETRONICAS.html

e proibidas na Holanda (em inglês):

http://www.wijvertrouwenstemcomputersniet.nl/English

e a Diebold reconhece erros em suas urnas eletrônicas (em inglês):

http://dispatch.com/live/content/local_news/stories/2008/08/21/voting_machines.html?sid=101

No Brasil:

Aqui no Brasil o histórico das urnas eletrônicas é assustador.

Em 2002:

Em 2002, PF investigava a LinkNet no caso das urnas eletrônicas falsas apreendidas em Brasília. A LinkNet estava sendo investigada pela Polícia Federal em outro caso ocorrido durante a campanha eleitoral em Brasília. A empresa estava sob a suspeita de ter falsificado urnas eleitorais eletrônicas apreendidas pela PF no Distrito Federal. O uso de simuladores de votos por candidatos interessados em ensinar os eleitores a votar é permitido, desde que sejam utilizados modelos fornecidos pelos tribunais eleitorais. O lote encontrado em Brasília não saiu do TSE - e as máquinas estavam programadas para treinar apenas votos nos candidatos da coligação de Roriz.

O uso das urnas foi discutido em conversas telefônicas gravadas com autorização judicial, que estavam sendo analisadas pelo Ministério Público. Em uma das conversas, às 12h06 do dia 26 de agosto, o deputado distrital eleito Pedro Passos, acusado de liderar o esquema de grilagem no Distrito Federal, fala sobre a aquisição do equipamento com Aberones Silva, diretor de informática da Codeplan. No diálogo, Aberones informa a Passos que conversou com Edmar Braz, um dos coordenadores de campanha de Roriz, sobre as urnas. "Mas, olha aqui: eles estão comprando muitas lá pro governador. Eu quero é que ele ceda pra nós, pô", reclama Passos.

Aberones trabalhou com Passos na campanha e é apontado pelo Ministério Público Eleitoral e pela PF como o responsável pela montagem das falsas urnas.

http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI34633-15223,00-O+CAIXA+SECRETO+DE+RORIZ.html


Em 2006:

Nas eleições de 2006, em Alagoas, um laudo do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), um dos centros de pesquisa mais tradicionais e respeitados do país, revelou que mais de um terço das urnas eletrônicas do estado registraram indícios de manipulação criminosa.

A análise da memória dos computadores que processaram os resultados das eleições alagoanas revelou que:

O número de votos registrados em algumas urnas foi menor do que o número de eleitores que efetivamente votaram.

Foram totalizados votos oriundos de urnas que não existiam.

Algumas urnas misteriosamente não registraram voto algum.

A gravidade das falhas foi maior ainda em vista do grau de confiabilidade que os brasileiros e os políticos depositaram no sistema e do fato de que as urnas são exatamente iguais em todo o país. Se uma urna pode ser violada, as outras também podem. O TSE não considerou o laudo do ITA definitivo iria encomendar uma auditoria independente para saber o que ocorreu em Alagoas. Mas o alerta amarelo foi aceso.

A revelação de que as urnas eletrônicas podem não ser imunes a fraudes nasceu de uma disputa paroquial em Alagoas, onde o tucano Teotonio Vilela Filho venceu a disputa para governador. O resultado foi surpreendente. Dias antes da eleição, Teotonio, segundo os institutos de pesquisa, estava tecnicamente empatado com o deputado João Lyra, do PTB. Abertas as urnas, ou melhor, revelado o conteúdo de seus bancos de memória, Teotonio Vilela obteve quase o dobro de votos do seu adversário. Lyra perdeu em conhecidos currais eleitorais de sua família. Perdeu até mesmo em municípios onde tinha a certeza absoluta de que venceria – não por clarividência, mas pelas velhas tradições da política nordestina que ainda permitem que os candidatos adquiram esse tipo de convicção. "Era absolutamente óbvio que algo de estranho havia acontecido", disse o petebista, que contatou o advogado Fernando Neves, ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral, e narrou suas suspeitas. Foi do advogado a sugestão de contratar uma auditoria qualificada para tirar as dúvidas.

O professor Clovis Torres Fernandes, diretor da Divisão de Ciência da Computação do ITA apresentou ao TSE um laudo com as conclusões.

Por segurança e para dar transparência ao processo eleitoral, todas as atividades das urnas eletrônicas ficam gravadas numa espécie de "caixa-preta" – os chamados "logs" – e são disponibilizadas a quem se interessar em consultá-las. Dessa forma, pode-se saber em detalhes a que horas o aparelho foi ligado ou desligado, os programas implantados ou se ocorreu algum tipo de falha de processamento. A análise do especialista revelou que alguns sinais excluem a possibilidade de mau funcionamento e apontam mesmo para fraude:

Em 35% das urnas utilizadas nas eleições de Alagoas os arquivos apresentaram erros bizarros e comportamentos irregulares.

Pelos dados oficiais votaram 1.514.113 eleitores alagoanos. O sistema eletrônico de voto, porém, registra 22.562 eleitores a menos. Não se sabe se esses votos foram subtraídos de algum candidato, se nunca existiram ou como e por que foram manipulados.

"A diferença é uma quantidade expressiva, mas o mais significativo é que ela colocou em dúvida o trabalho de totalização para todo o estado de Alagoas", escreveu o professor Fernandes. Outras pistas estão sendo seguidas e algumas reforçam a hipótese de fraude. A perícia apontou a existência de 29 urnas cujos votos foram computados normalmente pelo Tribunal Regional Eleitoral. Só que essas urnas não apareceramm nos registros do tribunal. Até prova em contrário, elas são "urnas-fantasma".

Nas cidades de Branquinha e Taquarana, no interior do estado, outra estranheza: os votos das duas localidades foram registrados com códigos de lugares inexistentes. Ou seja: oficialmente, não existiu eleição nos municípios ou, se existiu, não se sabe para onde foram os votos. A perícia mostra também que em outras 121 urnas não foi instalado o programa que totaliza os votos, 157 tiveram o número de identificação alterado durante o período de votação e 162 registraram na memória códigos desconhecidos e sem sentido. Em 36 cidades de Alagoas, as urnas não informaram se foi emitida a lista comprovando que todos os candidatos estavam com os votos zerados no início do pleito. O laudo aponta ainda casos de urnas perdidas no tempo (com a data de votação como 17 de junho de 2002), urnas ocas (sem nenhuma informação dentro – embora os votos computados nelas tenham sido validados pela Justiça Eleitoral) e até uma urna que registrava voto para cargo inexistente.

Conclui o perito: "Um ou dois tipos de erro seriam aceitáveis, mas a quantidade e o padrão das irregularidades verificadas são inadmissíveis. Isso não é uma questão menor. Pela gravidade e extensão dos problemas, os indícios de fraude são fortes".

O presidente do TSE na época, ministro Marco Aurélio Mello, determinou que fosse feita uma rigorosa investigação sobre o caso. "São dados preocupantes", disse. O secretário de tecnologia da informação do TSE, Giuseppe Jamino, admitiu as falhas nas urnas. Ele assegurou, porém, que elas não influenciaram no resultado das eleições. Para Jamino, as falhas parecem ser de natureza técnica e ocorreram principalmente nos sistemas de registro das atividades das urnas.

Em Rondônia, a Polícia Federal investigou uma denúncia de fraude eleitoral de natureza totalmente distinta. O esquema teria a participação de técnicos do Tribunal Regional Eleitoral. Nas últimas eleições, Josué Donadon, irmão e assessor do candidato ao Senado Melkisedek Donadon, contou à polícia que foi procurado por uma pessoa, quinze dias antes do pleito, que lhe propôs alterar os votos das urnas. Essa pessoa, ainda não identificada, relatou que tinha contatos com técnicos do tribunal que poderiam introduzir um software pirata nas urnas e, assim, dirigir votos para quem ela quisesse. Ofereceu o serviço por 300.000 reais. O candidato, que não aceitou a proposta, perdeu a eleição, mas a PF continuou apurando a existência do esquema. A suspeita de fraude pela manipulação eletrônica em Alagoas é um caso único. Suas conseqüências são imprevisíveis.

http://veja.abril.com.br/240107/p_048.html

Abaixo, dois depoimentos que preocupam bastante. O primeiro depoimento é de um Procurador regional da República e o segundo do ex-Prefeito Celso Pitta:

Em 1996, acompanhei como procurador regional eleitoral no estado do Tocantins, a primeira votação eletrônica realizada no município de Palmas. Vários eleitores de uma zona eleitoral localizada na periferia do município afirmavam que, após digitarem o número de seus candidatos, a tela da urna exibia a fotografia e o número de outro candidato. Os servidores da Justiça Eleitoral, com o argumento de que não podiam violar o sigilo do voto, apenas orientavam o eleitor a apertar a tecla "cancelar" e a votar de novo. E assim eles faziam. Todavia, o erro se repetia. Diante das denúncias, foi requisitada a instauração de inquérito policial. O Tribunal Regional Eleitoral, contudo, não entregou à Polícia Federal as urnas para ser periciadas. Informado do caso, o Tribunal Superior Eleitoral decidiu que se tratava de um problema a ser solucionado pelo próprio Tribunal Regional Eleitoral. Não demorou um mês e fui declarado persona non grata pela Assembléia Legislativa do Estado do Tocantins. As supostas fraudes não chegaram a ser apuradas. O tempo passou. Mas, pelo que se vê, a credibilidade da votação eletrônica ainda permanece arranhada.

Carlos Vilhena
Procurador regional da República
Brasília, DF

Procuradoria Regional da República - 1ª Região — Com foro ...
15 jan. 2008 ... O procurador regional da República Carlos Vilhena, analisando os pedidos formulados por Antério no recurso criminal, opinou para que a ação ...
www.prr1.mpf.gov.br/.../com-foro-privilegiado-anterio-manica-responde-por-homicidio-qualificado-no-trf-1a-regiao - Em cache - Similares


Vinte dias antes da eleição também fui procurado por pessoas que se diziam representantes de um grupo de "hackers" chefiados por um especialista em informática de origem russa, capazes, segundo eles, de desviar votos na urna eletrônica mediante um pagamento de 20 reais por voto. Caso eu não concordasse com o "esquema", poderia ter meus votos desviados para outro candidato. Obviamente, por ser desonesta, fantasiosa e típica de vigaristas e golpistas, descartei aquela proposta. Embora tivesse em meu poder pesquisa de intenção que previa 150.000 votos e tendo recebido às vésperas da votação vários pedidos de entrevistas de jornais e TVs que do seu lado também tinham indicação segura da minha eleição, encerrada a apuração, havia apenas 7 500 votos computados. Estranhando aquele resultado, solicitei e obtive audiência com o presidente do TRE-SP, a quem relatei o ocorrido, inclusive levando testemunhas. Mostrei o meu mapa da votação em que inexplicavelmente constava apenas um voto na maior parte das urnas relacionadas. Na oportunidade me foi reiterado que a urna eletrônica era absolutamente segura e à prova de fraude. Dias depois, no entanto, um advogado que nos acompanhou naquele encontro foi informado pela assessoria do TRE-SP que no segundo turno seria realizada em algumas urnas uma auditoria por amostragem para comprovar a segurança do sistema, fato que se contrapôs a tudo o que havia sido dito anteriormente, uma vez que, sendo a urna 100% segura, não haveria necessidade de auditoria. Desde então, deixei esse assunto de lado e neste momento a ele retorno em razão da imensa coincidência com os fatos relatados na reportagem.

Celso Pitta
Ex-prefeito de São Paulo
São Paulo, SP

http://veja.abril.com.br/310107/cartas.html

O depoimento abaixo peguei de um comentário postado no antigo blog do PHA:

Antonio disse:

18/04/2010 às 18:36

Como dizem os advogados, ” apenas para argumentar “, na questão das pesquisas eleitorais x possibilidade de fraude eleitoral nestes tempos de informática, que tanto pode ser usada para o bem como para o mal.

- Ontem a noite uma dúvida me passou pela cabeça, pois como cidadão e eleitor da cidade de São Paulo, até hoje acho muito estranho o resultado da última eleição na cidade de São Paulo, quando foi eleito o demo Kassab.

- Na véspera do primeiro turno, a Marta estava na frente nas pesquisas, mas na apuração o Kassab venceu por centésimos, acho que foi meio por cento, ninguém esperava por isso.

O acompanhamento daquela apuração parecia coisa programada em computador, o Kassab se aproximando cada vez mais da Marta, até que a ultrapassou nas urnas finais.

No segundo turno, não houve nem disputa, pois a primeira pesquisa do Datafolha já dava o Kassab com 60% e a Marta com 40%, e curiosamente, este foi o resultado final dessa eleição !!!

Estranho isso, não é mesmo gente?

Não estou afirmando nada, só que estou percebendo alguma similaridade com essas últimas pesquisas disparatadas do Datafolha, que aliás, apóia às claras ou torce/distorce para o mesmo grupo político que venceu aquelas eleições.

http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/2010/04/18/construindo-o-conhecimento-sobre-o-datafolha/#comments

Em 2010:

Uma informação que poucos sabem é que a Diebold não tem todos os componentes da urna eletrônica, então, ela terceiriza coisas que ela não pode fazer. Ela terceiriza até a montagem das urnas. Em 2008, acharam uma urna na Radial Leste. Quem pegou essa urna, sabia o porquê, embora os programas não estivessem lá dentro, na verdade a Diebold está montando as urnas.

A Diebold não fabrica as urnas e o fabricante pode vender componentes para qualquer outro comprador e quem transporta esses componentes é uma empresa de logística. – Leia com atenção o texto abaixo, mas tente não ficar nervoso:

“TSE inviabiliza investigação de fraude em urna eletrônica

Atualizado em 24 de fevereiro de 2010 às 11:46 | Publicado em 24 de fevereiro de 2010 às 11:45
por Marcela Rocha, em Terra Magazine, dica de Francisco Latorre

Para a advogada Maria Cortiz, falta de transparência e o custo da urnas eletrônicas brasileiras são dignos de maior atenção. Contudo, alerta, o Tribunal Superior Eleitoral "inviabiliza" investigação sobre fraudes e "ridiculariza" quem levanta essas questões. Em entrevista a Terra Magazine, a especialista em auditoria de processo eleitoral aponta essas e mais uma série de falhas no sistema que adota o voto eletrônico desde 1996.

- As urnas não são invioláveis - pontua Cortiz.

A advogada presta consultoria para o PDT e PT, mais recentemente. Por conta disso, conta ter visto e denunciado uma série de fraudes envolvendo as urnas eletrônicas brasileiras. Na entrevista abaixo ela detalha casos em que elas foram violadas e, segundo a advogada, nada foi feito. Segundo ela, pelo contrário, "os pedidos foram indeferidos". "Estão parados".

Para fundamentar suas críticas, Maria Cortiz destaca desfechos de processos como o descrito abaixo:

- Como o TSE não tinha como contestar aquelas provas, a única forma de auditá-las era subindo o preço. No TSE, então, estipularam quem faria a perícia e o preço seria este (R$ 2 milhões). Ou seja, inviável.

"A pessoa que questionou o Tribunal declarou não ter esse dinheiro todo", relata. O órgão, por sua vez, "deu a sentença, encerrou o processo e condenou o impetrante por litigância de má fé" (utilizar procedimentos jurídicos desonestos para vencer ou prolongar o andamento processual, causando dano à parte contrária).

(...)

Já houve fraudes denunciadas?

Sim e foram indeferidas. Foram julgadas pelo Tribunal e indeferidas. O caso mais patológico foi o de Alagoas, que até hoje não se fez uma apuração decente, eficaz. E eu tenho também uma representação em Marília (SP), que deixou evidente a emissão de dois boletins de urna. Um totalizado às 6 horas da manhã no dia da eleição. Nem tinham começado a votar e já tinha um boletim com os resultados. Eu reclamei, mudaram a data e colocaram 18 horas. Isso está na representação 751 no TSE, aguardando julgamento desde 2005.

(...)

Algum outro caso emblemático?

No ano passado, fui para Itajaí, peguei um outro problema. Olha, eles são criativos, viu? O candidato tinha certeza de que ganharia o pleito e não ganhou. Nos chamou e queria saber o que havia acontecido. Conseguimos pegar os documentos, que estavam dentro da urna. A legislação prevê um teste, quando está acontecendo a carga da urna.

Sim...

Os partidos deveriam estar dormindo e eles escolheram somente uma urna para fazer o teste. Não me conformo com isso. Alguém foi lá e carregou a urna com outro cartão de memória oficial. O pessoal testou, viu que estava tudo certo e sabe o que aconteceu depois? Essa urna não foi usada na votação. Ou seja, as urnas que foram usadas em Itajaí sofreram fraude no teste.

(...)

A Lei de Licitações prevê alternância de fornecedor no caso das urnas eletrônicas?

A Diebold já ganhou várias vezes a licitação. Nesse problema da licitação, eu discuto muito o preço que se paga. É muito alto, compram urnas desnecessariamente. Mas enfim, isso já foi muito falado. Na questão da licitação em si, eu defendo o consórcio. A Diebold não tem todos os componentes, então, ela terceiriza coisas que ela não pode fazer. Ela terceiriza até a montagem das urnas. Em 2008, acharam uma urna na Radial Leste.

E ninguém foi responsabilizado?

Exatamente. Ninguém. Quem pegou essa urna, sabia o porquê, embora os programas não estivessem lá dentro, na verdade a Diebold está montando as urnas.

Como assim? Mas não foi ela que venceu a licitação para fornecer?

Mas não fabrica. Podemos questionar a segurança. Essa pessoa que fabrica não pode vender para outro comprador? Pode. Os partidos não têm acesso às essas informações. E mais, quem transporta é uma empresa de logística. Qual a segurança desse procedimento?

O TSE, recentemente, divulgou um teste de segurança das urnas. A senhora estava presente nesse teste...

Esse teste aconteceu por conta de um pedido feito pelo PT e PDT em 2006. Queríamos que eles entregassem uma urna com o programa, em um ambiente fechado, controlado, com a presença dos partidos e sem imprensa. Nós atacaríamos a urna, porque sabemos como se faz para atacar. Não são invioláveis. O TSE resolveu chamar uma comissão de pesquisadores indicados pelos partidos e pelo Tribunal. Quando foi proposto na Câmara o voto impresso - que barateia e aumenta a segurança -, começaram a articular uma forma de mostrar que seria desnecessário colocar o voto impresso, cuja existência fiscalizaria o TSE. Mas e o teste?

Então, com essa ameaça iminente, fizeram uma nova resolução para o teste, excluindo os partidos da participação. Esse teste seria totalmente controlado por pessoas CONVIDADAS (NR: destaque dado pela entrevistada) pelo Tribunal.

E qual a legitimidade do teste?

Nenhuma. Desistimos, então, do teste. O TSE, por sua vez, afirmou que estávamos de acordo com a urna.

Mas isso não ocorre? Nenhum tipo de verificação, nem primária como essa?

Pois é. O TSE diz que esse processo brasileiro é o melhor do mundo. Mesmo o paraguai que recebeu urnas brasileiras em doação do Brasil, não aceitou o sistema porque não dava pra conferir. Quando uma pessoa vota, a urna grava o voto num registro. Como fazer para saber se gravou certo? Não dá. Se não fizermos auditoria, esse modelo não serve para nós.

Sobre a biometria (tecnologia que permite o reconhecimento do eleitor pela digital e pela foto), a senhora acredita que isso pode melhorar a condição de segurança?

O processo de biometria começou em 2004. Não existia verba no orçamento para fazer esse processo de biometria. Indeferiram meu pedido de comprovação de verba, dizendo que ela viria depois. No TCU, o processo ficou lá e está até hoje sem solução. Descobrimos, então, que a verba viria toda do FBI. Mas isso não tem por escrito porque foi um acordo feito entre o TSE e o FBI. Seria um compartilhamento de dados em troca da tecnologia do processo. O processo foi suspenso.”

(...)

http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/tse-inviabiliza-investigacao-de-fraude-em-urna-eletronica/


Passei da curiosidade para a desconfiança depois que me deparei com as informações abaixo:

No dia 7 de setembro de 2009, uma segunda-feira, o Lula assistiu o desfile militar em Brasília com o presidente da França Nicolas Sarkozy. Lembro que, a partir daquele dia, por semanas, toda imprensa só falava nos aviões Rafale. Achei excessiva as coberturas sobre esses aviões.

Pesquisando na Net me deparei com uma informação importante. No dia 3 de setembro, dois dias úteis antes do desfile de sete de setembro, a Diebold anunciou que se desfez do seu negócio de urna eletrônica, vendendo para a Election Systems & Software, Inc. (ES&S).

Entrei no Google e fiz buscas para saber maiores detalhes da venda pela Diebold da sua divisão de urna eletrônica.

Primeiro busquei por: “diebold sells” + “voting machine” e encontrei, aproximadamente, 2.180 resultados. Vários sites importantes anunciaram o negócio: huffingtonpost, Wired, Money CNN, New York Times, Wikinvest, Daily Mail, GovTechBlogs, Democracy Now, Princeton University, Election Defense Alliance, Voting Machines, Lawyers Law Cornell University, Black Box Voting, American Banker, etc.

Depois busquei por: “diebold sold” + “voting machine” e encontrei, aproximadamente, 435 resultados. Outros sites importantes também anunciaram o negócio: CBS News, The Post Mail, Marketplace, LA Times, etc.

Estranhei não ter lido, visto ou ouvido em qualquer mídia do Brasil a notícia do negócio. Será que publicaram a notícia do negócio e eu não percebi? Bom, voltei ao Google e busquei por: "diebold vende" + “urnas eletrônicas”. Recebi dois resultados e somente um deles era relevante:

[PDF]
09h19 - Clipping 04/09/2009 - Tribunal Superior Eleitoral
Formato do arquivo: PDF/Adobe Acrobat - Visualização rápida
Diebold vende negócio de urnas nos EUA. Gustavo Brigatto, de São Paulo. Não deu certo a tentativa da ...... haver controle das urnas eletrônicas, e do voto ...
www.tse.gov.br/sadAdmAgencia/arquivoSearch.do?acao=getBin...

encontrei um arquivo PDF no site do TSE que reproduzia a notícia publicada pelo Valor Econômico. A notícia já não está mais no site do Valor.

Voltei ao Google e busquei por: “diebold vendeu” + “urnas eletrônicas”. Recebi quatro resultados relevantes e todos reproduziam a mesma notícia do Valor Econômico que o TSE publicou na forma de clipping:

Alerta Total: Jobim comanda lobby político para impedir auditoria ...
7 set. 2009 ... A Diebold vendeu seu negócio de urnas eletrônicas, nos Estados Unidos. Quem comprou foi seu principal concorrente, a Election Systems ...
www.alertatotal.net/.../jobim-comanda-lobby-politico-para.html - Em cache - Similares

{VotoEletronico} Fraude eleitoral à vista
*Os EUA não confiam nas urnas * A Diebold vendeu seu negócio de urnas eletrônicas, nos Estados Unidos. Quem comprou foi seu principal concorrente, ...
www.mail-archive.com/...com/msg00689.html - Em cache

Urnas eletrônicas sob suspeita - Usina de Letras
9 set. 2009 ... A Diebold vendeu seu negócio de urnas eletrônicas, nos Estados Unidos. Quem comprou foi seu principal concorrente, a Election Systems ...
www.usinadeletras.com.br/exibelotexto.php?cod=54339... - Em cache

03/03/2009 - Diebold completa 150 anos - gadcom
3 mar. 2009 ... A Diebold vendeu sua primeira ATM em 1973, abrindo o caminho para as ...vendas de caixas eletrônicos e na fabricação de urnas eletrônicas. ...
www.gadcom.com.br/ultimas.../ultimasnoticias_item.asp?... - Em cache

Fiquei incomodado porque a imprensa brasileira costuma reproduzir tudo o que a imprensa dos EUA publica, ainda mais essa notícia que afetaria diretamente o Brasil. Por que ninguém publicou essa notícia exceto o Valor? E por que essa notícia não está mais disponível no site do Valor?

Fui ao site oficial da Diebold e lá diz que a subsidiária brasileira da Diebold que fabrica os terminais de votação para o TSE não foi afetada pela venda do negócio nos EUA:

“The company's Brazilian subsidiary, which manufactures voting terminals for Brazil's national elections board, the Tribunal Superior Eleitoral (TSE), is not affected by the sale of Premier Election Solutions.”

http://www.news.diebold.com/article_display.cfm?article_id=5006

Por que a Diebold não se desfez também da sua subsidiária brasileira de urna eletrônica?

Por que nenhuma grande mídia alardeou essa notícia?

Fiquei ainda mais incomodado com o que está escrito abaixo:

No dia 8 de setembro, uma terça-feira, primeiro dia útil depois do desfile de sete de setembro, o jornal Folha de São Paulo publicou a notícia abaixo que, mais uma vez, falava no aviõe Rafale. Fiquei com a impressão de que a velha imprensa brasileira estava sendo pautada para falar somente no tal avião como uma forma de desviar o foco:

“08/09/2009 - 14h35

Ministro Jobim encontra líderes da Câmara para discutir política de defesa nacional

Claudia Andrade
Do UOL Notícias
Em Brasília

O ministro Nelson Jobim (Defesa) está reunido nesta terça-feira (8) com líderes partidários na residência oficial da Câmara dos Deputados, em Brasília. Na pauta, a política de defesa nacional, que ganhou impulso nesta semana com o anúncio de que o governo brasileiro iniciou negociações com a francesa Dassault para a compra de 36 caças Rafale.

A reunião do ministro com os deputados foi acertada na última semana. De acordo com a assessoria da presidência da Câmara, Jobim está fazendo uma explanação aos líderes sobre o tema.

O presidente da França, Nicolas Sarkozy, fez uma visita de 24 horas ao Brasil e acompanhou o desfile de 7 de Setembro, em Brasília, como convidado de honra. Após o desfile, concedeu entrevista ao lado de Luiz Inácio Lula da Silva. Os dois abordaram a transferência de tecnologia francesa ao Brasil, prevista no acordo para a compra dos 36 aviões.

Também foram fechados acordos para compra de quatro submarinos convencionais e um submarino movido à energia nuclear, além de helicópteros. Em contrapartida, o governo francês manifestou disposição em comprar a aeronave de transporte militar KC-390, que está sendo desenvolvida pela Embraer.

Pré-sal
Em seu discurso antes da entrevista coletiva, nesta segunda, Lula defendeu os investimentos em defesa ressaltando que o país tem um grande território amazônico a preservar, e uma nova riqueza para defender, o pré-sal. O presidente disse que "deve sempre passar pela nossa cabeça a ideia que o petróleo já foi motivo de muitas guerras e muitos conflitos e nós não queremos nem guerra nem conflito".

O conflito relacionado ao pré-sal, neste momento, envolve a oposição, que obstrui as votações em protesto contra o pedido de urgência para análise dos quatro projetos relacionados à nova camada de petróleo.

A reunião que ocorre neste momento com as lideranças da Câmara também poderá ter em sua pauta a definição dos relatores de cada uma das comissões que devem ser criadas para analisar as propostas enviadas pelo Executivo.

Em protesto, a oposição também não veio à reunião na casa do presidente Michel Temer (PMDB-SP). Nesta terça, o líder do DEM, Ronaldo Caiado (GO), criticou o pronunciamento feito pelo presidente Lula em cadeia nacional de rádio e TV, na noite de domingo. Lula convocou a população a trabalhar pela aprovação dos projetos. "Converse com seus amigos, escreva pra seu deputado, seu senador, pra que eles apoiem o que é melhor para o Brasil", disse.

"Nós fomos tratados como se fossemos inimigos da população", reclamou Caiado. "Lá no Executivo, eles construíram esses projetos de portas fechadas. Aqui nós vamos dar a redação necessária a esses quatro projetos depois de ouvir a sociedade, promover encontros e debates".

Com o pedido de urgência, os projetos devem ser analisados em até 90 dias, na Câmara e no Senado. As matérias chegaram à Câmara dos Deputados na noite da última terça.

O projeto mais cobiçado pelos parlamentares é o que muda o sistema de exploração do regime de concessão para o de partilha. O líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), já afirmou que será o relator desta matéria.

Outro projeto trata da criação da estatal Petro-Sal para administrar a exploração no pré-sal. Uma terceira proposta trata da capitalização da Petrobras e o quarto projeto cria um fundo social que será abastecido com recursos obtidos com o pré-sal.

http://noticias.uol.com.br/politica/2009/09/08/ult5773u2383.jhtm

Vejam que tem alguma coisa estranha nisso tudo.

No dia 6 de setembro de 2009, um domingo, dois dias antes da reunião relatada na matéria acima, o engenheiro Amílcar Brunazo Filho que também é o Representante Técnico do PDT junto ao TSE, publicou um texto para a imprensa.

No texto ele alerta que é mentira que a reunião do Nelson Jobim com as lideranças dos deputados, relatada na matéria acima que foi publicada pelo jornal Folha de São Paulo, foi para tratar de assuntos de segurança nacional. A reunião foi para tratar da reforma eleitoral, ou melhor, para evitar o voto impresso:

“{VotoEletronico} Aviso de Pauta - ERRATA - Assuntos secretos na Reforma Eleitoral

Amilcar Brunazo Filho

Sun, 06 Sep 2009 11:55:33 -0700

ERRATA

A reunião-almoço entre o ministro da defesa e o colégio de lideres da Câmara é na próxima terça-feira, 08/09, e não 12/09 como foi escrito na mensagem anterior. É a mesma data que se espera a votação no Senado.

Amilcar Brunazo Filho.
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Aviso de Pauta

Senhores Jornalistas,

No próximo dia 12/09 está convocada uma reunião-almoço do Ministro da Justiça Nelson Jobim com o colégio de lideres da Câmara Federal.

Para ficar afastada dos holofotes da imprensa, a reunião está agendada para as 12 h, na residência do Presidente da Câmara Michel Temer.

(obs.: pode-se confirmar o agendamento desta reunião-almoço junto aos gabinetes dos deputados-lideres)

A pauta da reunião: mini-reforma eleitoral

Objetivo da reunião-almoço: pressionar os deputados-líderes para não reincluirem a auditoria independente do software nas urnas eletrônicas na reforma eleitoral.

Informa:

Eng. Amílcar Brunazo Filho
Representante Técnico do PDT junto ao TSE
cel.: (13) 9783 1480
tel.: (13) 3258 7569

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Seguem informações adicionais para explicar a reunião-quase-secreta do ministro da defesa com os deputados-líderes:

Há uma parte do debate sobre as alterações na reforma eleitoral que tem sido mantida invisível para a imprensa e para o eleitor.

Enquanto todos estão olhando para o Senado, onde se prevê a votação em plenário na próxima terça-feira (12/09), o Ministro da Defesa Nelson Jobim convocou uma discreta (quase secreta) reunião-almoço, para o mesmo dia, com todos os lideres de partidos na Câmara Federal, a ser realizada em local fora das casas legislativas. Longe dos holofotes, portanto.

- O texto original do Art. 5º da mini-reforma eleitoral, aprovado na Câmara, prevê a criação da Auditoria Independente do Software das urnas eletrônicas por meio da recontagem dos Votos Impressos Conferidos pelo Eleitor de 2% das urnas;

- Quando o projeto chegou ao Senado, o Ministro da Defesa foi ouvido em audiência pública (12/08) durante 2 horas.

Argumentou a favor de todos os pontos polêmicos incluídos na reforma (uso eleitoral da Internet, cotas das mulheres, prestação de contas, etc.) com exceção do art. 5º, que recomendou ser excluído integralmente.

Para justificar sua posição, o ministro apresentou falácias e falsidades como: o voto impresso vai permitir a identificação do voto, o eleitor vai poder colocar mais de um voto nas urnas, etc.;

- Em vez de excluir o Art. 5º, os senadores-relatores o modificaram para acabar com a auditoria independente do software, mas não colocaram nada no seu lugar.

O texto colocado no senado não oferece nada de novo além do que já se tem na lei atual. Apenas cria uma nova lei com o mesmo texto de outra lei que já está em vigor, sobre o registro digital (virtual) dos votos, cujo conteúdo NÃO É INDEPENDENTE DO SOFTWARE e NEM PODE SER CONFERIDO PELO ELEITOR.

obs.: na urna eletrônica atual, o eleitor confere o que está na tela da urna mas não o que foi gravado no Registro Digital do Voto e é assim que continuará com o texto do Senado;

- Sendo modificado no Senado, o projeto retornará à Câmara, onde os deputados poderiam recolocar o texto original;

- É para evitar a volta da auditoria independente do software nas urnas eletrônicas ao texto da reforma eleitoral, que o Ministro da Defesa se adianta à votação final do Senado e já chamou os lideres na Câmara para esta reunião-almoço;

- Como seus argumentos são falácias e distorções que pretende impor aos deputados, é importante que não seja permitido o contraditório na sua conversa. Por isto a reunião será fechada, informal (almoço), fora do congresso e, importante, sem a presença de gente capacitada para contra-argumentar.

Por que o Ministro da Defesa, aquele mesmo que confessou contrabandear artigos para dentro da Constituição, deixa de lado suas atribuições oficiais e se mobiliza só para que as urnas eletrônicas brasileiras continuem sendo as únicas no mundo que não permitem conferência do resultado de uma forma que seja independente do próprio software?

[ ]s

Eng. Amilcar Brunazo Filho - Santos, SP
www.votoseguro.org
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SEI EM QUEM VOTEI, ELES TAMBÉM,MAS SÓ ELES SABEM QUEM RECEBEU MEU VOTO

http://www.mail-archive.com/votoeletronico@googlegroups.com/msg00688.html

Por que o Nelson Jobim fez a tal reunião sobre “segurança nacional” fora do Congresso?

Sobre a Diebold e o TSE, o Deputado Brizola Neto fala que a Diebold só perdeu a disputa para o fornecimento de urnas eletônicas em duas ocasiões:

“Tem mais, mais. Olhem só:

“Desde 1996, quando o governo iniciou o modelo eletrônico de voto, a Diebold só perdeu a disputa pela fabricação de urnas eletrônicas para a Unisys em duas ocasiões – 1996 e 2002. Nas eleições do ano passado, o contrato de fornecimento de 58 mil urnas eletrônicas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rendeu R$ 98 milhões à empresa.”

Nova tradução: reparem que só essa remessa de urnas rendeu à Diebold ano passado (quando o dólar estava pouco acima de R$ 1,50) quase tanto quanto ela ganhou nos EUA, US$ 88 milhões. Tanto que ela vendeu a fábrica americana, não a brasileira.

Agora não é o NY Times, este jornal “irrelevante” quem fala que as urnas da Diebold, sem impressão de voto, são inseguras. É o Valor, cujos sócios são O Globo e a Folha, quem revela que os americanos a rejeitam ao ponto de venderem a fábrica a um concorrente que escaneia votos em papel, a Election Systems & Software.

E então, senhores senadores, não temos nada a aprender com o que está acontecendo lá? Vamos fazer o povo brasileiro votar nas máquinas da Diebold garantidas apenas por Nélson Jobim e Eduardo Azeredo?”

http://www.tijolaco.com/?p=3834

Em dezembro de 2009, o jornal Folha de São Paulo noticiou que o TSE abriu concorrência para a compra de 250 mil urnas eletrônicas para a substituição de equipamentos antigos nas eleições de 2010, e a Diebold, mais uma vez, venceu a concorrência:

“21/12/2009 - 13h01

TSE abre concorrência para compra de 250 mil urnas eletrônicas

Publicidade
da Folha Online

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) abriu concorrência para a compra, em caso de necessidade, de até 250 mil urnas eletrônicas para a substituição de equipamentos antigos nas eleições de 2010.

A empresa vencedora foi a Diebold Procomp. Segundo o tribunal, cada urna custará US$ 680, cerca de 30% a menos que as adquiridas na última licitação --em 2008, o preço da urna eletrônica ficou em torno de US$ 1.000.

O TSE informou que também foram incluídas no processo de registro de preços baterias para substituição de algumas defeituosas e aquisição de 1,2 milhão de disquetes.

As novas urnas vão utilizar pen drives em lugar de disquetes, que serão mantidos, por ora, nas urnas antigas, para posterior substituição.

Inicialmente, segundo levantamento da Secretaria de Tecnologia da Informação do TSE, serão adquiridas 160.000 urnas eletrônicas para substituir 84.209 urnas do modelo 1998, atender ao crescimento vegetativo do eleitorado e outras necessidades de substituição.”

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u669562.shtml

Fui procurar mais informações sobre a concorrência para a venda das urnas eletrônicas para o TSE e só encontrei uma notinha na IstoÉ, na coluna do Ricardo Boechat que diz que a Diebold venceu a concorrência e que a rival foi eliminada por "critérios técnicos":

“2010

Negócio fechado

A Diebold-Procomp venderá ao Tribunal Superior Eleitoral 160 mil urnas eletrônicas, já para a disputa presidencial do ano que vem. A empresa ficou sozinha na concorrência depois que sua única rival, a Smartmatic Probank, foi eliminada por critérios técnicos. A encomenda ? que poderá ser ampliada ? custará algo como R$ 120 milhões.”

http://www.istoe.com.br/colunas-e-blogs/coluna/34616_BOAS+FONTES?pathImagens=&path=&actualArea=internalPage


Refaço a pergunta do Paulo Henrique Amorim:

"Por que Jobim não quer conferir o resultado da eleição? É para fraudar? É para ajudar o Serra?”.

http://planalto.blog.br/clone/a-semana-298-a-49/

http://www.paulohenriqueamorim.com.br/?p=17670

Alguém perguntará por que eu não disse nada sobre hacking das urnas. Porque acho que inventaram isso como uma forma de desviar o foco.

Mudando de assunto:

Viram o contorcionismo que a velha imprensa e alguns institutos de pesquisa fizeram e fazem para diminuir a diferença entre os dois principais candidatos?

Por que a oposição com o apoio de aliados, a velha mídia incluída, está fazendo de tudo para levar a eleição para o segundo turno? O que garante que se levar para o segundo turno o candidato que estava atrás ganha a eleição?